Filipenses 2.14,15 apresenta uma forma curiosa pela qual o cristão deve fortalecer a sua santificação. Aqui Paulo traz a seguinte exortação: 14 Fazei tudo sem murmurações nem contendas, 15 para que vos torneis
irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo.
A ênfase do texto está nas palavras “murmurar” e “contender”, e significam respectivamente desprezar em secreto (no coração), que pode ser entendido pela atitude segundo a qual uma pessoa resiste a uma ordem, porque não há disposição de coração para obedecer. E contender é provocar discussão de
maneira totalmente egoísta e desnecessária. Quem nunca tropeçou nessas duas pedras? Mas é preciso lutar para não tropeçar.
Não murmurar e não contender está diretamente relacionado com a obediência ensinada por Paulo no versículo 12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor. Ou seja,
resmungar e contender, quando deveria obedecer a Palavra do Senhor, são atitudes incompatíveis com o cristão que deseja crescer em santificação.
Paulo ensinou sobre a necessidade de obediência para crescer na salvação. Porém a obediência pode ser realizada de boa vontade ou de má vontade (aquele que faz reclamando) que não faz de coração, faz de aparência.
A murmuração e os questionamentos produzidos pela má vontade do nosso coração se constituem uma tentação contra os relacionamentos saudáveis entre os irmãos no serviço cristão, e também no relacionamento do cristão com os seus superiores no trabalho, e no relacionamento do cristão no lar, o que pode colocar em risco a harmonia dos relacionamentos do cristão.
Murmurar e contender são dois tipos de pecados que podem levar à discórdia e à divisão do Corpo de Cristo. Quem faz a obra do reino de Deus murmurando e criando contendas, precisa se perguntar se de fato está agindo como um verdadeiro cristão.
Paulo exortou os cristãos de Corinto (1Co 10) dizendo: 10 Nem murmureis, como alguns deles [israelitas do Antigo Testamento] murmuraram e foram destruídos pelo exterminador. 11 Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem
os fins dos séculos têm chegado. 12 Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.
A murmuração e a contenda podem levar os cristãos a serem insinceros ou falsos uns com os outros. A murmuração é um modo externo de expressarmos o sentimento de descontentamento que nutrimos no coração contra irmãos, familiares, amigos, e até contra Deus, por não concordarmos com determinadas situações impostas sobre nós ou por termos dificuldade de aceitar as diferenças entre as pessoas e a maneira como cada uma delas age. Assim, pecamos murmurando, reclamando, e às vezes até ofendendo quando verbalizamos nossa insatisfação.
A contenda é mais um dos sentimentos pecaminosos que parte do nosso coração, e em geral ela consiste em rebelião, quando inconformados com determinadas situações nos levantamos precipitadamente contra pessoas e até contra Deus que dirige a nossa vida conforme a sua boa, perfeita e agradável
vontade.
A contenda e a murmuração são elementos que fazem mal à igreja de Cristo, porque eles atingem diretamente à unidade e a paz da igreja, e interferem no processo de santificação do cristão, pois este é interrompido quando não há comunhão plena entre os membros da igreja. E interfere diretamente na
comunhão do cristão com Deus.
Por isso a necessidade de nos esforçar para praticar o domínio próprio, para não permitir que a murmuração e a contenda domine a nossa vontade e sejamos responsáveis pela quebra da comunhão e da unidade do corpo de Cristo. Essa atitude é um mal testemunho da igreja para o mundo.
A Palavra de Deus nos encoraja a sermos obedientes a ele em toda a sua vontade. E como sua igreja no mundo vivamos em união e em amor para o testemunho agradável ao Senhor, no meio a uma sociedade corrompida. Assim, seremos luzeiros no mundo.
Ou seja, para desenvolver a nossa santidade no mundo precisamos evitar a prática da murmuração e da contenda, pois esse tipo de comportamento é anticristão e é antibíblico, e atenta contra a santidade do cristão e da igreja no mundo, porque eles representam uma relutância em obedecer a Deus.
O ensino bíblico é que obedeçamos toda a vontade de Deus com alegria. Por isso Paulo diz nesta carta a Evódia e a Síntique, irmãs da igreja que estavam em aparente discórdia (Fp 4.4,5): Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. 5 Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens.
Perto está o Senhor. Assim também vivamos todos nós para a glória do Senhor.
Como cristãos precisamos viver em santidade neste mundo corrompido e cheio de impurezas, sem dá motivos para os incrédulos acusar a igreja de Cristo e o nome de Deus ser profanado no mundo. Nós temos a missão de santificar o nome de Deus no mundo através de um viver santo e puro. Precisamos
purificar nossos lábios, nossa mente, nosso coração, porque você e eu somos como luzeiros no mundo.
Não murmurar e não contender está diretamente relacionado com a obediência ensinada por Paulo no versículo 12 Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor. Ou seja,
resmungar e contender, quando deveria obedecer a Palavra do Senhor, são atitudes incompatíveis com o cristão que deseja crescer em santificação.

Pastoral
O verdadeiro cristão se gloria em Jesus Cristo
Filipenses 3.3b diz: nos gloriamos em Cristo Jesus, e não